Como calcular e comparar corretamente os preços de produção de embalagens e rótulos

calculando preços de produção de embalagens e rótulos

No dia a dia aqui na Colorsystem, nos deparamos com uma dificuldade frequente entre os clientes de embalagens e rótulos.

É um problema, aliás, muito comum no mercado gráfico e resulta da intrincada estrutura de cálculos tributários no Brasil.

A dificuldade se dá quando as indústrias, ao analisar seus orçamentos para produção de embalagens e rótulos, precisam identificar com clareza as alíquotas dos impostos envolvidos nos cálculos, para então fazer a melhor escolha entre as cotações disponíveis.

Isso ocorre porque esses valores estão sujeitos a uma tributação altamente variável e complexa, com inúmeras regras e exceções na aplicação das alíquotas, que vão depender de fatores diversos, como localidade, tipo de produto e enquadramento fiscal do cliente e da gráfica.

E a questão é de suma importância, afinal as embalagens e rótulos são matérias-primas que compõem o preço de venda dos produtos. E, caso a indústria não tenha discernimento para diferenciar com exatidão esses custos, pode cometer o erro de fechar um determinado pedido de produção acreditando, erroneamente, estar escolhendo a opção de menor custo, enquanto, por outro lado, está escolhendo a mais cara.

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Neste artigo, tratamos da incidência tributária sobre embalagens e rótulos, buscando trazer maior clareza à questão e, assim, ajudar empresas a calcular com mais correção os custos de produção desses itens.

Caso você queira se aprofundar ainda mais no tema de custos de embalagens, leia em nosso blog dois outros artigos: “Como reduzir os custos de embalagens com um planejamento de produção eficaz” e “Reduza seus custos de produção de embalagens em 6 passos”.


Leia “Como calcular e comparar corretamente os preços de produção de embalagens e rótulos” até o final e saiba sobre:

— Embalagens e rótulos: a diferenciação dos custos

— O sistema tributário no Brasil

— Quais são os principais tributos que incidem em embalagens e rótulos no Brasil

— Custo Real e Preço Final: a diferença depende de quem compra e quem vende

— Faça seus cálculos de custos em embalagens e rótulos com a Colorsystem


Embalagens e rótulos: a diferenciação dos custos

vendo no mercado preços de produção de embalagens e rótulos

Sabemos do impacto das embalagens no marketing, tornando-as item essencial em qualquer case de sucesso de vendas de produtos.

Sua confecção, contudo, demanda estudos, planejamento, desenvolvimento de projeto e produção gráfica, que acarretam custos significativos, como despesas relacionadas a materiais, design, processo de fabricação e logística.

E, no cálculo geral desses custos, há uma variante que muitas vezes acaba sendo negligenciada devido à complexidade e falta de clareza em suas regras: o custo dos recolhimentos tributários.

Assim, para calcular na totalidade os preços de suas embalagens e rótulos, a empresa deve poder encarar sua produção sabendo distinguir o Valor Bruto e o Custo Real (com e sem a incidência tributária, respectivamente), para poder tomar decisões acertadas.


O sistema tributário no Brasil

guias de preços de produção de embalagens e rótulos

Com frequência, o sistema tributário em nosso país é alvo de críticas devido à sua alta complexidade, burocracia, inconstância nas regras e falta de eficiência, principalmente no setor industrial.

Para se ter uma ideia, ninguém sabe quantas alíquotas há no país. Só as alíquotas do IPI (que vão de 0% a 30%) constam em um documento de 451 páginas.

E, com um sistema de tantas incertezas e exceções, muitas pendências viram disputa judicial, no chamado contencioso tributário. No Brasil, disputas judiciais de tributos já somam R$ 5,4 trilhões.

Veja alguns dos principais aspectos do sistema tributário brasileiro que geram dificuldades de cálculo e danos ao sistema:

• Carga tributária elevada: o Brasil possui uma das maiores cargas tributárias do mundo, o que afeta a competitividade da nossa indústria e diminui margens de lucro, o que acaba por restringir sua capacidade de inovação e expansão;

• Complexidade: notório por sua diversidade de alíquotas, o nosso sistema tributário engloba impostos federais, estaduais e municipais, cada qual com suas regras;

• Dificuldades no planejamento: a complexidade do sistema atrapalha o planejamento tributário nas empresas, que muitas vezes se veem obrigadas a contratar consultorias especializadas para otimizar suas operações e lidar com a carga tributária;

• Insegurança jurídica: a inconstância do sistema, que sofre mudanças recorrentes na legislação tributária, gera um ambiente de insegurança para as empresas;

• Efeito na competitividade internacional: o sistema pode prejudicar a competitividade de nossas empresas em outros países, tanto por sua complexidade, como pelo encarecimento de nossos produtos no mercado exterior;

• Efeito negativo nos investimentos: a disfuncionalidade do sistema impacta negativamente nos investimentos da indústria, motivando produtores a pensar em atuar em países com menor incidência tributária e com menos barreiras burocráticas;

• Gastos extras: a apuração e recolhimento dos impostos envolve cálculos complexos, respeito às obrigações acessórias e cumprimento de prazos rígidos, o que demanda recursos financeiros, humanos e tecnológicos consideráveis.


Quais são os principais tributos que incidem em embalagens e rótulos no Brasil

Em nosso país temos uma variedade de tributos que podem incidir sobre embalagens e rótulos. Os principais são:

ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)

É um imposto de caráter estadual e é administrado tanto pelos estados brasileiros, como pelo Distrito Federal. Ele impacta diretamente a produção, distribuição e venda de produtos, pois incide sobre a circulação de mercadorias, transporte, comunicação e importação.

É indireto, ou seja, é pago pelos intermediários na cadeia produtiva (fabricantes, distribuidores, varejistas e prestadores de serviços), e não pelo consumidor final.

Suas alíquotas e regras podem variar de estado para estado, tornando o ICMS um imposto de cálculo e aplicação complexos. Devido a seu impacto na economia, o ICMS é frequentemente debatido e sujeito a mudanças na legislação.

IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)

Um dos principais tributos federais no país, o IPI incide sobre produtos em geral que passem por algum processo de industrialização, ou seja, que foram transformados de algum modo de sua forma original.

Também não é pago diretamente pelo consumidor, mas pelos fabricantes ou importadores, que repassam o custo ao preço de venda do produto.

Suas alíquotas variam de acordo com a natureza do produto, podendo ter fins regulatórios, com o fim de desencorajar determinados consumos (como cigarros e bebidas alcoólicas).

PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)

Duas importantes contribuições federais, o PIS e o COFINS são aplicados sobre o faturamento bruto das empresas. Ou seja, na indústria, eles incidem sobre a receita total obtida com a venda dos produtos.
As alíquotas aplicadas podem variar de acordo com o perfil e a atividade econômica da empresa e o regime tributário no qual está enquadrada (por exemplo, Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real).

De modo geral, as principais taxas de impostos variam de acordo com as regras locais e o regime tributário das empresas envolvidas na produção e comercialização das embalagens e rótulos.

Vale lembrar que existem benefícios fiscais para casos específicos, como as reduções de alíquotas para embalagens sustentáveis.


Valor Bruto e Custo Real: a principal diferença depende de quem compra e quem vende

Para entendermos melhor a incidência dos tributos sobre os preços de embalagens e rótulos, vamos analisar alguns exemplos que ilustram a diferença entre Valor Bruto e Custo Real em orçamentos, usando perfis específicos de empresas e gráficas.

Antes, veja a diferença entre os dois tipos dos custos que mostraremos nos exemplos:

• Custo Real: é o valor “líquido”, o que será de fato pago pela empresa.
• Valor Bruto: é o Custo Real acrescido da tributação.

Veja também os principais tipos de enquadramentos tributários de empresas e gráficas:

• Perfis de empresas:
Uma empresa que está enquadrada no Simples Nacional não credita nenhum imposto na compra de sua produção de embalagens. Portanto, para esse tipo de empresa, o Valor Bruto pode ser igual ao Custo Real.
Já empresas da categoria Lucro Presumido creditam ICMS e IPI (que, no caso de embalagens em papel cartão, é de 9,75%).
Empresas enquadradas regime tributário Lucro Real creditam PIS/COFINS, ICMS e IPI.
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• Perfis de gráficas:
Para as gráficas, as que constam no Simples Nacional não recolhem IPI e transferem um pequeno percentual de ICMS, relativo ao faturamento acumulado nos últimos 12 meses.
As gráficas enquadradas em Lucro Real e Presumido recolhem PIS/COFINS, ICMS e IPI.

Agora, veja os exemplos de tributação

EXEMPLO 1

(foco: regime tributário da gráfica):

Uma indústria faz cotação para produção de embalagens em duas gráficas:

Gráfica A: enquadrada no Simples Nacional e com o maior faturamento permitido na categoria. Essa gráfica transfere o maior crédito de seu regime tributário de ICMS + PIS/CONFINS. O Valor Bruto de nosso primeiro orçamento será de R$ 10.000,00.

Gráfica B: enquadrada no Lucro Real, essa gráfica transfere PIS/CONFINS + ICMS (em maior percentual do que a Gráfica A) + IPI (normalmente o preço fornecido em propostas não inclui o IPI — nós, na Colorsystem, adotamos a mesma prática). O Valor Bruto do orçamento será de R$ 12.072,50.

A princípio, pode parecer que a Gráfica A é a mais vantajosa financeiramente. No entanto, ao fazer as contas:

GRÁFICA A

Valor Bruto10.000,00
IPI
ICMS395,00
PIS/COFINS965,00
Custo Real8.640,00

GRÁFICA B

Valor Bruto12.072,50
IPI1.072,50
ICMS1.980,00
PIS/COFINS870,43
Custo Real8.149,57

Verificamos que quem oferece o produto mais barato (Custo Real) é a Gráfica B.

EXEMPLO 2

(foco: regime tributário da empresa):

Abaixo, temos os valores de nosso segundo orçamento:

GRÁFICA A

Valor Bruto10.000,00
IPI
ICMS395,00
PIS/COFINS0,00
Custo Real9.605,00

GRÁFICA B

Valor Bruto12.072,50
IPI1.072,50
ICMS1.980,00
PIS/COFINS0,00
Custo Real9.020,00

Para uma indústria qualquer enquadrada no Lucro Presumido, a Gráfica B terá o menor preço (Custo Real).

Já uma indústria enquadrada no Simples Nacional irá comparar os Valores Brutos, encontrando na Gráfica A a melhor opção.

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Muitos departamentos de compras de empresas não têm o devido conhecimento dessas diferenças nos cálculos e acabam optando pela opção mais cara, acreditando estar fazendo um bom negócio.


Faça seus cálculos de custos em embalagens e rótulos com a Colorsystem

Com uma equipe de atendimento e suporte preparada no levantamento e cálculo de tributos, a Colorsystem está pronta para ajudar você a obter os melhores preços de suas embalagens e rótulos.

Garanta a melhor qualidade de produção com as melhores soluções visando redução dos custos.

Além disso, faturar de acordo com datas programadas e obter as melhores condições de negociação proporciona flexibilidade, reduz o orçamento e evita prejuízos nas linhas de produção.

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Esperamos que este artigo tenha sido valioso para você!

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Convidamos você também a acessar o nosso blog e conferir mais artigos produzidos pela equipe da Colorsystem com tópicos sobre embalagens, rótulos e outros assuntos relacionados ao mercado gráfico.

 

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